Ao longo dos anos – e através de muita luta – as mulheres seguem desbravando novos territórios e ganhando cada vez mais destaque, em cenários majoritariamente masculinos. Com o universo da música eletrônica não é diferente. Apesar da representatividade da mulher ainda ser tímida – de acordo com a “female:pressure FACTS survey 2020”, homens compõem em torno de 2/3 da participação, em festivais de música eletrônica – é notável a força que a figura feminina possuí, dentro e fora dos palcos.
E essa força, sem dúvidas, vem ganhando maiores proporções.
Ainda considerando o estudo da “female: pressure FACTS survey 2020”, é possível notar que a disparidade entre o número de mulheres e homens, em eventos eletrônicos, está diminuindo. Apesar dessa diferença ainda possuir números consideráveis, ao se comparar os tempos atuais com os anos anteriores, nota-se indícios de uma evolução. A representatividade feminina na música eletrônica, sem dúvidas, está mais significativa.
“UNDERPLAYED” E A DESIGUALDADE DE GÊNERO
Atualmente, o debate sobre esse assunto está, gradativamente, se tornando uma pauta mais discutida. As próprias mulheres estão tomando iniciativas para que tal realidade seja evidenciada e receba a atenção necessária. “Underplayed”, com a direção de Stacey Lee, gravado ao longo dos festivais de verão de 2019, aborda as dificuldades enfrentadas pelas mulheres, na indústria da música eletrônica, e conta com a participação de artistas como Nervo, Alison Wonderland, Rezz, Tokimonsta, entre várias outras.
Ao dividir um pouco da visão que possuem, sobre a representatividade feminina na música eletrônica, as artistas também comentam sobre os desafios que já enfrentaram – e enfrentam – na carreira. Muitas vezes esses desafios são potencializados devido à desigualdade e discriminação de gênero, que ainda existe
Dessa forma, por se tratar de um mundo onde apenas o fato de ser mulher já é um desafio, por si só (e dos grandes!), fica evidente o quanto ainda há de se percorrer, em busca de um cenário musical mais equilibrado, com menos desigualdade de gênero. O cenário eletrônico é apenas reflexo da realidade em que vivemos, como sociedade.
BRASILEIRAS NA MÚSICA ELETRÔNICA
Carreiras de sucesso, empreendidas por artistas femininas de renome, evidenciam que o futuro é promissor para as DJs. As brasileiras Eli Iwasa, Anna, Groove Delight, Ekanta, Barja e Blancah são alguns dos vários nomes que podemos exemplificar.
Eli, que está há mais de 20 anos na cena, além de ser DJ ainda administra seus dois clubs, em campinas – Caos e Club 88. A DJ
Anna já se apresentou em festivais como Movement Detroit, Awakenings, Tomorrowland, DC10 e Block, em Tel Aviv, e entrou para o top 100 da DJ Mag 2020.
Groove Delight, com seu som diferenciado, esteve presente em festivais como, Rock in Rio, Lollapalooza, EDC, Só Track Boa, Xxxperience, Rio Music Carnival, e ultrapassou um milhão de ouvintes mensais, no Spotify.
Ekanta é pioneira do Psytrance no Brasil, e consolidou o gênero através de sua carreira e do festival de renome internacional, Universo Paralello. Barja coleciona em seu currículo grandes festivais, como Rock in Rio, Universo Paralello, Ame Laroc Festival e parcerias com Gabe, Rocksted, entre outros.
Blancah já realizou turnês internacionais, é produtora e vocalista de suas próprias faixas, além de ser artista gráfica e DJ – e concilia isso tudo de forma impecável, em suas obras.
Definitivamente, e apesar de todos os desafios, é inegável que existe uma evolução, quando se trata do lugar que a mulher ocupa no cenário eletrônico. A representatividade feminina está, de fato, aumentando, e é super importante que as discussões sobre tal tema sigam acontecendo, para que essa evolução continue a trilhar seu caminho. Afinal, é um crescimento que só tem a agregar à cena, em todos os aspectos.
Por fim, vale o lembrete: lugar de mulher é onde ela quiser – e se for em um palco, comandando a pista com maestria, melhor ainda!
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